
05/03/2020 às 12h08
O filme Areias que Falam iniciou as exibições do CineSesc. Em março, traz a tela a Mostra Alagoanas e Alagoanos. A exibição ocorreu na quarta-feira (04.03), às 12h30, na Unidade de Cultura Sesc Centro. A obra foi exibida em duas sessões: uma para o público em geral e outra exclusiva para alunos do Centro de Referência Social Cacilda Sampaio, localizado no bairro Ponta Grossa, em Maceió.
O casal Vânia Lúcia Lourenço da Silva e Alex Vieira assistiu, pela primeira vez, ao CineSesc. “Assim que ficamos sabendo dessa Mostra, despertou o interesse em assistir, principalmente, ao ver os trailers dos filmes, exibidos durante uma entrevista em uma TV local”, comentou Alex.
Em 53 minutos, o público pôde assistir à produção que fez um autorretrato da região da Foz do São Francisco, suas histórias, território e gente. Região histórica do nordeste, um dos cenários mais encantadores do país em belezas naturais e patrimônio cultural, e de representatividade do povo nordestino (costumes, crenças e o cotidiano batalhador). Ao final da sessão, o público elogiou o filme no roteiro e na fotografia. Para a aposentada, Ieda Maria Soares, a Mostra agradou em tudo. “Gostei tanto que venho assistir aos outros filmes”, ressaltou.
As sessões do CineSesc trazem um diferencial, vão além do entretenimento, pois possuem caráter educativo. São documentários, curtas e longas metragens, com roteiros diversificados e que, geralmente, não circulam no circuito comercial. O acesso é gratuito e também pode ser feita a reserva para sessões fechadas para grupos e estudantes.
Mais filmes
Dia 11, na tela, a coletânea: Admirável Mundo Destro e Metrópole do Futuro, com direção coletiva. Em o Admirável Mundo Destro é possível conhecer um mundo planejado para pessoas destras, a minoria canhota experimenta a vida ao contrário. O documentário visita cidades no Brasil e na Europa para mostrar o cotidiano em comum de quem nasceu à esquerda da sociedade e refletir sobre como o lado esquerdo tem sido associado ao mal na história da humanidade.
Em Metrópole do Futuro retrata uma das cidades que mais crescem no Brasil, Arapiraca. Localizada no agreste alagoano, o município passou a ser chamado de Metrópole do Futuro por seus moradores. Para dois jovens com pensamento distintos, esse desenvolvimento representa sentidos opostos. Lilia Ferreira deixou a zona rural para estudar história e se deparou com o movimento feminista. Antônio Junior deixou São Paulo para morar na cidade, sonha em ser ator e tem um canal sobre perfumes no Youtube. O filme tem duração de 40 minutos e classificação livre.
A coletânea Fernandes, No outro dia, Coração sem freio e Colapsar, estará na sessão do dia 18. A obra é dirigida coletivamente. Começando pelo filme Fernandes, que aposta na regionalidade, tem como cenário a zona rural de Arapiraca. A Vila Fernandes é uma das comunidades mais culturais do município. No documentário, realizado pelos alunos da Escola Guimarães Passos, por meio do projeto Natureza Viva (NAVI) nas Comunidades, é possível conhecer um pouco da história desse lugar por meio das músicas das destaladeiras de fumo, da poesia do Mestre Nelson Rosa e da fé de seu povo.
Em No outro dia, o filme detalha o personagem Gabriel. Ele está indeciso se vai ou não para festa com Rafael. Em Coração sem freio, o filme contextualiza Débora que não tem freio no coração. E em Colapsar, a norma problematiza corpos invisíveis. Uma coletânea instigante com 47 minutos e classificação livre.
No dia 25, o público poderá assistir a coletânea Ser Marginal, Isso Vale um Filme, Onde Você Mora? e Corpo D’água também com direção coletiva. Em o Ser Marginal, as margens são linhas que nos separam ou nos aproximam? No Isso Vale um Filme , “Quando as ruínas de um cinema ganham vida sua história nos é revelada”; Em Onde Você Mora?, traz à tona as singularidades, ligações e contrastes entre dois bairros, da cidade de Maceió, a partir da perspectiva de seus moradores.
E em Corpo D’água, da fluidez das águas do Rio Mundaú, a lagoa-mãe dos ribeirinhos verteu e se fez laguna, delineando em suas margens uma região que emerge em várias nuances, da calmaria ao caos. Entremeio às transformações, a lagoa tem seu lugar de fala. Suas memórias e cicatrizes adquiridas com o tempo persistem e despertam nas lembranças de seus habitantes, reescrevendo a biografia de uma urbe a se desenvolver em conflito com uma natureza frágil. Uma relação de afeto, de cruzamentos híbridos e de dor, mas também de esperança nos novos tempos que se prenunciam a força que vem da pesca, de suas manifestações artísticas, das brincadeiras e momentos ao pôr-do-sol são a força que move a consciência coletiva no sentido de que ressignificar a identidade da Levada e da Lagoa Mundaú seja um caminho possível. Com 44 minutos de duração e classificação livre.
SERVIÇO:
Mostra CineSesc: Alagoanas e alagoanos
11.03 – Admirável Mundo Destro e Metrópole do Futuro
18.03 – Fernandes, No outro dia, Coração sem freio e Colapsar
25.03 – Ser Marginal, Isso Vale um Filme, Onde Você Mora? e Corpo D’água
Mais Informações: 0800 284 2440