Mostra Folclórica do Sesc Alagoas reúne grupos folclóricos formados por pessoas idosas

Alterne entre as áreas

Mostra Folclórica do Sesc Alagoas reúne grupos folclóricos formados por pessoas idosas

Evento promove integração social e valorização das tradições populares

19/08/2025 às 18h42

Por Sarah Azevedo

Em comemoração ao Dia do Folclore, celebrado em 22 de agosto, o Sesc Alagoas realizou, na tarde desta terça-feira (19), uma mostra folclórica com apresentações protagonizadas por grupos compostos por pessoas idosas. O evento aconteceu no auditório do Senac Poço e reuniu representantes do Trabalho Social com Grupos (TSG) do Sesc Alagoas, da Associação Pestalozzi de Maceió e do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Bebedouro

O grupo do Sesc integra o projeto Corpo e Voz em Ação, que promove ações voltadas à musicalização, por meio do canto coral, e à valorização das manifestações culturais populares. Com cerca de 40 anos de existência, a iniciativa tem como propósito incentivar a expressão artística, o convívio social e o fortalecimento da identidade cultural local. Além das atividades regulares, o grupo também se apresenta em instituições, empresas e em eventos organizados pelo próprio TSG.

Segundo a assistente social do Sesc, Luciana Figueredo, a ideia de realizar a mostra surgiu da vontade de ampliar os espaços de visibilidade para o grupo e promover o intercâmbio com outros coletivos culturais. A programação contou com uma apresentação de reisado pelo grupo do Sesc, duas encenações de pastoril (uma do Sesc e outra da Pestalozzi) e uma apresentação de ciranda realizada pelo CRAS Bebedouro.

Ex-integrante do grupo folclórico e muito querida pelos colegas, Geraldina Cavalcante, de 93 anos, esteve presente para prestigiar as apresentações e emocionou ao relembrar sua trajetória. “Participei do grupo do Sesc por 36 anos. O que eu não sabia sobre os folguedos, aprendi lá. Fiz tudo com muito amor e carinho”, contou. Esse mesmo sentimento é partilhado por Maria Fátima dos Santos, integrante do projeto há seis anos. Ela destaca a importância do grupo em um momento delicado de sua vida. “Foi isso que me salvou. Foi aqui que encontrei força para continuar depois de perder meu irmão. Entrei porque gostava de dançar, e hoje o folclore é tudo pra mim.”

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