Ministrantes das oficinas do Femupe destacam a contribuição do festival

Alterne entre as áreas

Ministrantes das oficinas do Femupe destacam a contribuição do festival

Em sua 15ª edição, o evento se consolida a cada ano e conquista o reconhecimento dos participantes

26/10/2024 às 13h07

Por Fabiana Barros

Dois dias de oficinas sendo apenas uma das possibilidades do Festival de Música de Penedo (Femupe), que está em sua 15ª edição e é totalmente gratuito. Sem dúvida, a realização do evento movimenta a economia do município alagoano de Penedo, localizado à margem do Rio São Francisco, mas o impacto cultural consegue ser ainda maior. O evento passou a ser reverenciado pelos profissionais que ministram as oficinas. A abertura do Femupe aconteceu no dia 24/10 e terá encerramento neste sábado (26).

A professora do Curso de Música da Ufal, Ziliane Teixeira, ministrou a oficina Educação musical. Para ela, o Femupe é um festival totalmente diferenciado de outros festivais de música que, normalmente, focam ou apenas na parte instrumental ou em questões mais teóricas, científicas. “Aqui a gente tem as formações de oficinas, a formação mais erudita, tem a formação popular, a parte científica, a parte musicológica, os fóruns, lançamento de livros, oficinas com a comunidade, os concertos”, explicou.

De acordo com ela, a amplitude do Femupe consegue envolver toda a cidade. Não apenas músicos, mas quem gosta de música, quem aprecia música. “É um festival muito democrático, amplo, porque a gente não vê em outros lugares”, destacou.

A oficina sobre regência foi ministrada pelo maestro e professor, Ângelo Rafael Fonseca, no Círculo Operário. Ele também é gestor cultural e trabalha nas seguintes orquestras: Câmara de Salvador, Sinfônica de Itabaiana, Filarmônica da Bahia, no Coral Ecumênico da Bahia e no Coral da Assembleia Legislativa da Bahia. Para ele, o Femupe está sendo maravilhoso por reencontrar amigos, conhecer novos amigos e, principalmente, por ver jovens musicistas interessados na área da música. “Isso enche o nosso coração de esperança e de alegria e poder compartilhar com eles a nossa experiência é fantástico”, comemorou.

Ângelo Rafael prestigiou a abertura do evento e disse que chamou a atenção a quantidade de instituições que tornaram possível a realização do festival, pois além da Ufal, tem o Sesc Alagoas, Prefeitura Municipal de Penedo, Sebrae, Sociedade Montepio dos Artistas. “Por isso esse evento é tão magnânimo e tem essa envergadura imensa. É o 15º e que venham mais parceiros. Só é possível ter esse tamanho de evento quando essas instituições resolvem abraçar e apoiar essa causa. Então, que mais parceiros venham e que essas questões fiquem mais sólidas ainda”, ressaltou.

O Femupe tem ainda o patrocínio do Instituto do Meio Ambiente (IMA-AL), a Aliança Francesa de Maceió, a Barkley Brazil e a Água Mineral Aldebaran.

Espetacular

A soprano, cantora do Madrigal da UFBA, que é um grupo vocal profissional, solista Eneida Lima, ministrou a oficina grupo de prática oral, no Convento Nossa Senhora dos Anjos, com o objetivo a prática de conjunto, o treino vocal em grupo, assim como algumas noções de técnica vocal também em grupo, além da melhora da percepção musical.

Eneida classifica o Femupe como uma iniciativa incrível, pois reúne vários estilos musicais e é um grande fomento à cultura local e nacional. “O festival é maravilhoso. É fantástico. Toda essa reunião musical, essa comunhão musical e cultural, a troca de conhecimentos, de saberes musicais e a oportunidade de se apresentar e conhecer o trabalho de outros artistas. Desejo vida longa para o festival. Dou parabéns aos organizadores, ao professor Marcos Moreira, por esse projeto, que é espetacular”, comentou.

Realização das oficinas

Na oficina Educação musical, Ziliane trouxe uma proposta diferenciada para a experiência atuando junto com as crianças (1º e 2º ano) e com os professores já formados e os professores em formação. Foram dois momentos com duas turmas da Escola Municipal Costa Mangabeira, onde aconteceu a oficina, trabalhando a musicalização diretamente com as crianças.

Professores da rede pública e privada também participaram, além de outros alunos de cursos de licenciatura observando o momento inicial com as crianças. Depois, o momento foi com os alunos inscritos na oficina, ou seja, professores em formação para a parte de discussão metodológica e teórica.

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