
27/09/2024 às 13h18
Por Robson Muller
A atriz e contadora de histórias Paula Yemanjá trouxe para Maceió a performance “Mnemosine: porque memória é feminina!”, atividade do Circuito Oralidades do projeto Arte da Palavra - Rede Sesc de Leituras. A apresentação artística foi realizada no Sesc Poço, na manhã desta sexta-feira (27), com a presença de dezenas de pessoas na plateia.
Na performance, Paula Iemanjá usou um jogo da memória para narrar episódios da vida de mulheres que influenciaram transformações sociais, a exemplo das brasileiras Maria da Penha, Elza Soares e Marta. As histórias compartilhadas no decorrer da performance partem de narrativas autobiográficas, mas também convidam o público a revisitar memórias pessoais.
“As pessoas se identificam com os relatos reais, rememoram as suas próprias experiências, começam a trazê-las durante a performance e o espetáculo vai se redimensionando para além de uma experiência em que elas só assistem. Elas se tornam narradoras e compartilham coisas que viveram, coisas que ouviram falar, histórias que as marcaram”, detalhou Paula Yemanjá, após a performance.
Para a contadora de histórias Joelma Dantas, que estava na plateia, a performance provoca reflexões necessárias e encoraja a luta por uma sociedade mais igualitária e menos violenta com as mulheres. “A proposta da Paula foi apresentar histórias femininas, histórias de mulheres que lutaram e levantaram bandeiras sobre feminicídio, violência doméstica, discriminação, fazendo com que a gente faça uma autoavaliação da sociedade de hoje, que infelizmente ainda é marcada por histórias de mulheres que são violentadas, manipuladas, chantageadas, entre outras situações”, disse.
Arte da Palavra
Composto pelos circuitos Criação Literária, Autores e Oralidades, o Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras foi criado em 2017, com o intuito de movimentar toda a cadeia da literatura, por meio de ações que contemplem a formação e divulgação de novos escritores, a valorização de obras e escritores brasileiros e as novas formas de produção e fruição literária, possibilitadas pela emergência de discursos periféricos e a utilização de novas tecnologias. Desse modo, o projeto pode contribuir para a democratização do acesso às leituras, um dos pilares para o desenvolvimento social e cultural do país.